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quinta-feira, outubro 06, 2011

Medicamentos Contra a Obesidade são Proibídos


A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), resolveu em reunião aberta de sua diretoria, nesta terça-feira dia 04, tirar de circulação do mercado brasileiro alguns remédios de combate a obesidade, os chamados inibidores de apetite, que agem diretamente no sistema nervoso central e que sejam derivados de anfetamina (Femproporex e Dietilpropiona). O mesmo esta valendo para o composto Mazindol, inibidor de apetite mas que age diferentemente dos outros dois medicamentos. 
O medicamento mais consumido no Brasil para combate a obesidade é a Sibutramina, que desde o ano passado passou da categoria de medicamento comum e passou a anorexígeno, mas este medicamento continua a disposição dos médicos, mas com algumas restrições. Algumas condições precisam ser respeitadas para seu uso ou prescrição:
  •          O medicamento não pode ser prescrito por mais de 60 dias;
  •          O paciente deve ter IMC superior a 30, o que indica obesidade;
  •          O paciente deve assinar um documento, garantindo que esta ciente de todos os riscos;

   Ainda segundo a decisão da ANVISA, a sibutramina poderá ser usada apenas pelos seguintes grupos de pacientes:
  •   Obesos sem história de doença cardiovascular que não conseguem aderir a programas de emagrecimento;
  •          Paciente com diabetes ou intolerância à glicose;
  •          Dislipedêmicos;
  •          Hiperuricêmicos; 
  •          Mulheres com ovários policísticos;
  •          Pacientes com hepatite não alcoólica;
Além disso, serão mantidos o controle e responsabilização dos médicos que prescrevem e obrigatoriedade de extensa orientação aos pacientes sobre os riscos do uso da sibutramina.
Também continua liberado para o tratamento da obesidade no Brasil o Orlistate (Xenical), que atua diretamente no intestino, reduzindo em cerca de 30% a absorção de gordura.
A ANVISA é a última instância nesse tipo de decisão, mas empresas podem recorrer à Justiça.
A retirada do mercado dos emagrecedores à base de anfetaminas já era dada como certa, uma vez que a equipe técnica da ANVISA e a Cateme (Câmara Técnica de Medicamentos) da agência, formada por especialistas que assessoram o órgão, concordaram em relatório que os riscos superam os benefícios. Já a retirada da sibutramina do mercado ainda era dúvida. 

Reação da Comunidade Médica

A proposta de proibir os emagrecedores causou reação imediata de médicos endocrinologistas que atuam no combate à obesidade. Entidades médicas defendem que a medida vai deixar cerca de 15 milhões de pacientes sem opção de tratamento. 
As entidades médicas questionam os estudos usados pela Anvisa para embasar a sua decisão. De acordo com os médicos, os estudos foram feitos com um grupo de pacientes de risco, para os quais os medicamentos não seriam indicados. Não faria sentido, portanto, a proibição do uso. 
Além disso, de acordo com os médicos, para alguns pacientes é preciso indicar medicamentos que atuam no sistema nervoso central, uma vez que o controle da fome e da saciedade ocorre no cérebro. Esses pacientes, portanto, não conseguem perder peso com tratamento clínico convencional, que inclui reeducação alimentar e exercícios físicos. 

Fonte: R7

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Dr. Glauco da Costa Alvarez

Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica