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sexta-feira, maio 11, 2012

Lei Quer Desconto em Restaurantes para Quem Fez Redução de Estômago



Câmara de Vereadores de Campinas/SP
(Foto: Reprodução EPTV)
Um Projeto de Lei que obriga os restaurantes e bares a oferecerem 50% desconto para pessoas que tenham passado por algum tipo de cirurgia de estômago entra em segunda votação nesta segunda-feira (7), na Câmara dos Vereadores de Campinas (SP). A proposta é de autoria do vereador Francisco Sellin (PMDB) e, de acordo com ele, a posição da Câmara deve se mostrar favorável na votação, mas, na cidade, o projeto divide opiniões.

Segundo o vereador, a proposta surgiu da vivência com pessoas que passaram por operações bariátricas, de redução do estômago. "Ela [a pessoa] não chega a comer metade, então não é justo que pague o preço total", afirma. Caso a lei seja aprovada, os estabelecimentos deverão oferecer desconto ou meia porção para os clientes que provarem através de carteirinha ou atestado médico que passaram pela cirurgia. Além disso, os restaurantes serão obrigados a colocar cartazes em lugares visíveis, informando os clientes 
Alexandre Abraão Buselli, comerciante, fez a cirurgia há 5 anos, mas gostou da iniciativa. "Acho que seria uma boa medida e ajudaria bastante", disse. O comerciante conta que muitos restaurantes se recusavam a dividir um prato único em dois, ou mesmo deixar que pedisse a meia porção, desestimulando a sair com os amigos. "Depois da cirurgia a gente não tem a mesma capacidade, não dá para pedir um prato inteiro que sobra e sai mais caro", comenta, "Por isso comecei a frequentar só restaurantes que davam a opção de dividir". 

Jovem Perde 56 kg e Volta a Passar em Roleta de Ônibus: 'Perdi o Trauma'



Após dois anos em uma fila à espera de uma cirurgia bariátrica, a jovem de 26 anos Fernanda Reis Mattos não apenas alcançou o objetivo de vestir roupas mais justas e se enxergar melhor no espelho.
A técnica de enfermagem que chegou a pesar 165 quilos contou ao G1 que com a operação realizada em novembro do ano passado, perdeu um trauma que a acompanhava há três anos: passar em uma roleta de ônibus. “Antes não só riam de mim. Uma vez ouvi um rapaz dizer ao outro 'aposto com você que ela fica entalada'. Eu chorei de vergonha porque quando me esforcei pra passar quase aconteceu de eu entalar", recordou.
Quatro meses depois da cirurgia, a jovem já sente a diferença. "Uma amiga me forçou a passar na roleta de um ônibus. Na hora foi difícil, fiquei com vergonha. Mas depois fiquei muito contente. Perdi o trauma”, contou bem humorada.
Em outubro do ano passado, um mês antes da gastroplastia quando pesava 156 quilos, Fernanda relatou em entrevista ao G1 o sofrimento de ter que fazer uso do transporte público. Na época, a jovem contou que não eram apenas as roletas dos ônibus que a incomodavam, como também os assentos que, segundo ela, não possibilitam ao obeso dividir o lugar com outra pessoa.

Fernanda

Agora, ela ajuda algumas amigas a superarem os mesmos traumas. “Recentemente peguei ônibus com uma amiga que sofre de obesidade mórbida também. Sentamos na última fileira e vi que ela ficou com os olhos cheios de lágrimas porque a moça que sentou do nosso lado empurrava ela para ver se dava mais espaço. Então mais que depressa eu abracei a minha amiga e disse 'cola em mim' e sorri. Lembrei de todas as vezes que passei por isso sozinha e hoje sei o quanto é bom ter alguém do nosso lado”, pontuou.
A situação de Fernanda antes da gastroplastia era considerada pelos médicos como obesidade mórbida, já que seu Índice de Massa Corporal (IMC) ultrapassava os 54.3. Hoje, com 115 quilos e IMC 38, ela diz que tem muito o que emagrecer ainda, no entanto, garante que já se sente uma nova pessoa. “Eu me sentia um monstro e agora me sinto cada dia melhor. Já emagreci 50 kg. Estou ótima e me sentindo uma princesa. As pessoas podem até me olhar e falar que eu estou gorda, mas não me vejo assim. Eu sei como eu estava, como eu era, o que eu passei”, relatou.

Dr. Glauco da Costa Alvarez

Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica